sábado, 21 de janeiro de 2012

Medicamentos comuns são os maiores causadores de hospitalizações por efeitos adversos graves

Com base nos 5.077 casos identificados, fez-se uma estimativa de 99.628 hospitalizações de emergência por eventos adversos a medicamentos





Eventos adversos a medicamentos são importantes causas evitáveis de hospitalização em idosos. No entanto, dados representativos de eventos adversos a medicamentos que resultam em hospitalização dessa população têm sido limitados.

Pesquisadores da Emory University School of Medicine estimaram a frequência e as taxas de hospitalização após atendimentos de emergência por eventos adversos a medicamentos em idosos e avaliaram a contribuição de medicamentos específicos, incluindo aqueles identificados como de alto risco ou potencialmente inadequados. O estudo foi publicado na revista The New England Journal of Medicine.

Com base nos 5.077 casos identificados, fez-se uma estimativa de 99.628 hospitalizações de emergência por eventos adversos a medicamentos em idosos nos EUA a cada ano, de 2007 até 2009. Quase metade dessas internações foi entre idosos com 80 anos de idade ou mais. Quase dois terços das internações foram devido a overdoses acidentais.

Quatro medicamentos ou classes de medicamentos foram implicados sozinhos, ou em combinação, em 67,0% das internações: varfarina (33,3%), insulina (13,9%), agentes antiplaquetários orais (13,3%) e hipoglicemiantes orais (10,7%). Medicamentos de alto risco foram implicados em apenas 1,2% das internações.
Os autores concluíram que hospitalizações de emergência por eventos adversos a medicamentos em idosos resultaram de alguns medicamentoscomumente usados, e relativamente poucas resultaram de medicamentos normalmente designados como de alto risco ou impróprios.
Fonte: boasaude.uol.com.br

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Processo de partir remédio é inadequado

Remédio pode não ter mesma concentração nas duas metades.


Você costuma partir os remédios ou abrir as cápsulas antes de engolir? Cuidado. Quando um remédio é cortado, amassado ou triturado, a dosagem pode ser alterada e também a maneira como o organismo absorve o medicamento. Por isso, a recomendação é que o remédio seja consumido da maneira que vem na embalagem.

“Se você fizer uma partição no medicamento, isso pode ter uma dosagem a mais ou a menos. Isso é prejudicial ao paciente”, diz o presidente do Conselho Regional de Farmácia, Carlos Bragança. “Já existem alguns estudos que mostram que quando você corta um comprimido ao meio, ele não necessariamente tem a mesma concentração nas duas metades, podendo ter uma variação muito grande, e consequentemente o efeito vai variar muito”, diz o farmacêutico Helder Mauad.

O professor da Universidade Federal do Espírito Santo diz também que é perigoso quando o remédio é triturado ou quando a substância é retirada da cápsula. Isso muda a maneira como o organismo absorve o medicamento. Alguns remédios são feitos para agir aos poucos, mas quando são triturados, vai tudo de uma vez para o organismo.

“Então isso pode acarretar obviamente a uma overdose, trazendo uma série de efeitos colaterais, e não é atingido o objetivo do tratamento inicial. É muito perigoso”, diz o professor.

Por isso, a orientação é só alterar o remédio se o médico indicar. O professor explica o que fazer se o comprimido for muito grande, difícil mesmo de engolir: “Essas pessoas devem retornar ao médico e ele vai orientar a substituir a apresentação de um comprimido por uma forma líquida”, explica.

Fonte: G1- globo.com


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Associação alerta diabéticos sobre cuidados com os pés

O problema que leva a esse tipo de cirurgia é conhecido entre os especialistas como pé de diabético. A doença pode afetar nervos e a circulação sanguínea e é caracterizada por feridas que não curam.

Rio de Janeiro – Cerca de 20% dos casos de feridas nos pés de pessoas diabéticas podem evoluir para a amputação, segundo dados da Associação Médica de Podiatria Americana. A estimativa é que, anualmente, 42 mil pessoas nessas condições têm os membros inferiores amputados.
O problema que leva a esse tipo de cirurgia é conhecido entre os especialistas como pé de diabético. A doença pode afetar nervos e a circulação sanguínea e é caracterizada por feridas que não curam, inchaço local, dormência, falta de sensibilidade, ressecamento e cor azulada.
O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Guilherme Pitta, informou que o Brasil mantém as mesmas médias mundiais. Segundo ele, muitos casos de amputação poderiam ser evitados com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
“Cerca de 50% dos diabéticos não são diagnosticados, prejudicando a prevenção das consequências da doença que englobam o pé diabético, a insuficiência renal com hemodiálise, um risco maior de infarto e até mesmo a cegueira”, alertou o especialista.
Desde o mês passado, a SBACV mantém em sua página na internet um link com um manual de atenção integral ao pé diabético. O texto, distribuído em 40 páginas, também foi entregue a profissionais envolvidos com o tratamento da doença, mas pode ser acessado por qualquer pessoa no endereço www.sbacv.com.br. O manual explica como prevenir lesões e orienta sobre exames e sintomas que devem ser considerados, como a perda da sensibilidade nos pés.
A entidade também está mantendo diálogo com o governo, por meio do Ministério da Saúde, para tentar implantar em toda a rede pública de saúde um programa de profilaxia da doença.
Levantamento apresentado por médicos da instituição mostrou que, no Rio de Janeiro, um programa semelhante, que funcionou entre 2002 e 2003, resultou na redução de 50% das amputações de coxas e pernas.

Estudo mostra ligação entre asma nas crianças com uso de paracetamol

Alguns pesquisadores notaram que a epidemia de asma aumentou rapidamente nos anos 80, aproximadamente na mesma época em que a aspirina foi associada à síndrome de Reye nas crianças.
Uso do paracetamol pode causar asma em crianças. Foto: Divulgação 
Nova York - O aumento acentuado da asma infantil em todo o mundo nas últimas três décadas deixa os pesquisadores perplexos há bastante tempo. Eles vêm considerando explicações tão diversas quanto uma melhor higiene e as imunizações. Contudo, um novo conceito apareceu na última década
.

Alguns pesquisadores notaram que a epidemia de asma aumentou rapidamente nos anos 80, aproximadamente na mesma época em que a aspirina foi associada à síndrome de Reye nas crianças. Os médicos pararam de receitar aspirina para as crianças com febre, optando pelo paracetamol.

Em um artigo publicado em 1992 no The Annals of Allergy and Asthma Immunology, Arthur Varner, então membro do programa de treinamento em imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Wisconsin, afirmou que a mudança para o paracetamol pode ter estimulado o aumento da asma. Desde então, mais de 20 estudos produziram resultados que apoiam essa teoria, incluindo uma extensa análise de dados de mais de 200 mil crianças que descobriu um aumento do risco de contrair asma entre aquelas que haviam tomado paracetamol.

O Dr. John T. McBride, pediatra do Hospital Infantil Akron de Ohio, publicou em novembro um artigo na revista Pediatrics no qual ele argumenta que as provas da associação entre paracetamol e asma são fortes o suficiente para que os médicos recomendem que se evite sua ingestão por bebês e crianças com asma, ou sob risco de contrair a doença.

Enzima

McBride baseou a sua declaração em diversas linhas de evidência. Ele afirma que, além do período de ocorrência da epidemia de asma, agora há uma explicação plausível para a forma como o paracetamol pode provocar ou piorar essa doença pulmonar inflamatória crônica. Os pesquisadores descobriram que mesmo uma única dose de paracetamol pode reduzir os níveis de glutationa do corpo. A glutationa é uma enzima que ajuda a reparar os danos oxidativos que podem levar à inflamação das vias aéreas.

"Quase todo estudo que procurou, descobriu uma relação dose/resposta entre o uso do paracetamol e a asma", afirmou McBride. "A associação entre idade, geografia e cultura é muito consistente", afirma.
A correlação estatística entre o paracetamol e a asma apareceu em estudos de bebês, crianças e adultos. Os estudos também descobriram um aumento no risco de contrair asma nas crianças cujas mães tomaram paracetamol durante a gestação.

Por exemplo, um estudo publicado em 2008 na revista The Lancet examinou informações sobre mais 205.000 crianças de 31 países, coletadas como parte de um Estudo Internacional sobre Asma e Alergias na Infância, conhecido como Isaac. A análise de 2008 concluiu que, nas crianças que receberam paracetamol com o intuito de baixar a febre no primeiro ano de vida, o risco de desenvolver os sintomas da asma era 50 por cento maior do que nas crianças que não haviam tomado o medicamento. O risco aumentava com o aumento do uso: o risco de apresentar os sintomas triplicou nas crianças que haviam tomado paracetamol ao menos uma vez a cada mês.

No estudo publicado em 2000 por pesquisadores britânicos, no qual foram usados dados do Isaac, descobriu-se que a prevalência da asma aumentava ao mesmo tempo que as vendas de paracetamol nos 36 países analisados. Quanto maior era o consumo de paracetamol de um país, tanto maior era a prevalência da asma.

A meta-análise publicada em 2009 avaliou que, nas crianças que haviam tomado paracetamol no ano anterior, o risco de sofrer de respiração ofegante duplicava quando comparado ao risco nas crianças que não haviam tomado o medicamento.

Infecção viral

"Nós sabemos que o paracetamol pode levar ao aumento da constrição brônquica e da respiração ofegante", afirmou Mahyar Etminan, farmacoepidemiologista da Universidade de Colúmbia Britânica e principal autor do estudo.

Contudo, Etminan afirma que ainda não está claro se o paracetamol em si é o responsável pelo aumento da prevalência de asma.

"As crianças geralmente recebem paracetamol para controle da febre, e ficam com febre devido a infecções virais, as quais estão associadas ao desenvolvimento da asma em uma idade mais avançada", afirmou Etminan. "É difícil elucidar se é o medicamento ou a infecção viral", afirma.

Outro problema potencial consiste no fato de que, em muitos estudos, os pais precisavam se lembrar com exatidão a quantidade de paracetamol oferecida à criança e a frequência. Os pais cujos filhos têm asma estão propensos as investigar os eventos que precedem o ataque, portanto, é maior a possibilidade de se lembrarem de ter oferecido o remédio a criança.

Apenas um estudo controlado aleatório investigou essa relação até o momento. Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston designaram 1.879 crianças com asma aleatoriamente a tomarem paracetamol ou ibuprofeno se tivessem febre. Os resultados, publicados em 2002, mostraram que as crianças que tomaram paracetamol para combater a febre estavam duas vezes mais propensas a procurar ajuda médica mais tarde para tratar os sintomas da asma do que as que tomaram ibuprofeno.

Outros estudos fazem parte dos trabalhos. Richard Beasley, professor de medicina do Instituto de Pesquisa Médica da Nova Zelândia, esta finalizando um estudo aleatório controlado de 12 semanas sobre o paracetamol para verificar se a droga provoca ou piora a asma de pessoas adultas. Os resultados do estudo estarão prontos no ano que vem. Segundo Beasley, a principal prioridade agora são estudos rigorosos para verificar se o uso do paracetamol por crianças aumenta o risco de desenvolver a asma.

"Não posso dizer com total certeza se o paracetamol agrava a asma, mas posso dizer que, se eu tivesse um filho ou filha com asma, eu daria a ele ou ela ibuprofeno a partir de agora", afirmou McBride. "O ônus da prova agora é mostrar que ele é seguro", afirma.

Nem todos os especialistas concordam com isso.

"Neste momento, eu não sinto que seja possível recomendar um em substituição ao outro", afirmou Stanley Szefler, chefe de farmacologia clínica pediátrica do National Jewish Health, em Denver. "Os dois possuem vantagens e inconvenientes", afirmou.

Moderação

A aspirina e outros medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, incluindo o ibuprofeno, são conhecidos por provocar ataques de asma em algumas pessoas, afirmou Beasley. Ele sugeriu aos pais um meio-termo: usar o paracetamol apenas moderadamente.

"Nós devemos reservar o paracetamol para tratar febres muito altas ou aliviar dores fortes, afirmou. "Sabemos que o paracetamol é usado bem mais amplamente: quando a criança está um pouco irritada ou começando a ter dentes ou sendo imunizada".

Foi demonstrado que o paracetamol reduz a resposta dos anticorpos à imunização, por isso, ele não deve ser administrado antes da vacinação de crianças, observou Beasley.

Szefler e seus colegas estão realizando um estudo que analisa as intervenções antecipadas para a asma e que também irá acompanhar os padrões da doença nas crianças que tomam paracetamol ou ibuprofeno para combater a febre. Os dados não irão responder a todas as perguntas, mas devem fornecer orientação adicional para pais e pediatras, afirmou Szefler.

McBride, por exemplo, não irá esperar pelos resultados.

"Se os estudos comprovarem que o paracetamol agrava a asma, não consigo me imaginar contando aos pacientes que eu sabia do fato há cinco anos, mas não tinha certeza e por isso não comentei", afirma.

Fonte: http://www.d24am.com/noticias/saude/

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Unidades Básicas de Saúde terão testes rápidos para gravidez

A estimativa é de que, até 2014, 5 milhões de testes sejam financiados pelo governo federal

Unidades Básicas de Saúde passarão a oferecer testes rápidos para gravidez. A ideia é apressar o ingresso das gestantes no pré-natal e garantir àquelas que não estão grávidas o acesso a técnicas de planejamento familiar. A iniciativa começa pelos Estados de Alagoas, Bahia, Minas, Pará, Rio, Sergipe e São Paulo. Para esta primeira etapa, o Ministério da Saúde destinou R$ 312 mil, que serão usados na compra de 500 mil testes.
A estimativa é de que, até 2014, 5 milhões de testes sejam financiados pelo governo federal. A distribuição integra a estratégia Rede Cegonha, um plano para garantir planejamento familiar, assistência humanizada na gravidez, no parto e depois do nascimento do bebê. O teste rápido fica pronto cinco minutos depois da coleta do material.

Fonte: Agência Estado

Anvisa poderá permitir que distribuidoras de medicamentos possuam farmácias

Agência, ao regulamentar essa atividade, amplia o controle sanitário e permite o funcionamento dos estabelecimentos de distribuição de medicamentos

 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (19/12), Consulta Pública (CP) que propõe mudanças na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 222, de 28 de dezembro de 2006.

A proposta da Agência permite que empresas do segmento de farmácias e drogarias possuam estabelecimentos de distribuição de medicamentos, e que empresas do segmento de distribuição de medicamentos possuam estabelecimentos de farmácias e drogarias. Nestes casos, as atividades devem ser praticadas em estabelecimentos diferentes.

Assim, a empresa que vai realizar a atividade – seja ela Farmácia, Drogaria ou uma Central de Distribuição - deverá solicitar à Anvisa a Autorização de Funcionamento (AFE). A AFE é obrigatória para toda empresa do ramo de medicamentos poder funcionar no país.

Se a empresa for vender medicamentos sujeitos ao controle especial, deverá solicitar, também, a Autorização Especial (AE). Nos dois casos, as empresas deverão cumprir, obrigatoriamente, os requisitos de Boas Práticas de Distribuição e Armazenagem, exigidos pela Anvisa.

A Agência, ao regulamentar essa atividade, amplia o controle sanitário e permite o funcionamento dos estabelecimentos de distribuição de medicamentos, também conhecidos como Centrais de Distribuição das Redes de Farmácias, sem a necessidade de criar uma nova figura na Cadeia de Produtos Farmacêuticos.

Contribuições

A Consulta Pública nº 61/2011 fica aberta por 60 dias. Contribuições podem ser enviadas por escrito, em formulário próprio, para um dos seguintes endereços: Agência Nacional de Vigilância Sanitária - GGIMP, SIA Trecho 5, Área Especial 57, Brasília- DF, CEP 71205- 050; ou para o Fax: (61) 3462-5778; ou, ainda, para o e-mail: cp61.2011@anvisa.gov.br.

Fonte: Anvisa