A adição
de uma sulfonilureia à metformina melhora o controle glicêmico em
pacientes com diabetes tipo 2,
mas está associada àhipoglicemia e ao ganho de peso. O objetivo do
ensaio clínico de não-inferioridade, randomizado,
duplo-cego, foi comparar um inibidor da dipeptidil peptidase-4 (linagliptina) à
uma sulfonilureia comumente usada (glimepirida) em pacientes com diabetes tipo 2inadequadamente
controlados com a metformina.
O presente estudo mostrou dois anos de eficácia e segurança da linagliptina em
comparação à glimepirida.
Pacientes com diabetes tipo 2 e hemoglobina
glicosilada A1c (HbA1c) variando entre 6,5
a 10%, em uso estável de monoterapia com metformina ou metformina associada a outro antidiabético oral (retirado durante a triagem clínica),
foram distribuídos aleatoriamente para receber linagliptina (5 mg) ou glimepirida (1-4 mg), por via oral, uma vez ao
dia. O desfecho primário foi a mudança na HbA1c basal em relação à 104° semana de
tratamento no estudo.
Um total de 777 pacientes foi
aleatoriamente designado para o uso de linagliptina e 775 para o uso de glimepirida. Na análise do
desfecho primário foram incluídos 764 pacientes do primeiro grupo e 755 do
segundo. A redução média da HbA1c basal foi semelhante em ambos os
grupos, usando linagliptina ou glimepirida.
Menor número de participantes apresentou hipoglicemia ouhipoglicemia grave quando em uso de linagliptina em
comparação ao uso de glimepirida.
A linagliptina foi significativamente associada a menos eventos
cardiovasculares.
Os resultados deste estudo de longo
prazo colaboram para as evidências clínicas e bases de eficácia comparativa
para as opções de tratamento disponíveis para pacientes com diabetes
mellitus tipo 2. As
descobertas podem melhorar a tomada de decisão para o tratamento clínico,
quando a metformina por si só não for suficiente para o
controle glicêmico.