sábado, 14 de maio de 2011

Pitiríase versicolor e Doenças por Malassezia spp. ( pano branco )


A Pitiríase versicolor é uma micose, mas ao contrário do que se pensa, não é adquirida na praia ou piscina.
O fungo causador da doença habita a pele de todas as pessoas e, em algumas delas, é capaz de se desenvolver provocando as manchas. Muitas vezes, a doença é percebida poucos dias após a exposição da pele ao sol, porque nas áreas da pele afetadas pela micose, não se produz melanina como as outras partes não acometidas. Com o bronzeamento da pele ao redor, ficam perceptíveis as áreas mais claras onde está a doença e a pessoa acha que pegou a micose na praia ou piscina.
A pitiríase versicolor, também conhecida como tínia versicolor, é uma micose superficial benigna e crônica. As lesões são constituídas por placas hipo ou hiperpigmentadas, escamosas e de bordas delimitadas, que podem confluir cobrindo extensas partes do corpo; pápulas perifoliculares podem ser observadas mais raramente. 


Manifestações clínicas
As áreas de pele mais oleosa, como a face, couro cabeludo, pescoço e a porção superior do tronco são as mais frequentemente atingidas.
A doença se manifesta formando manchas claras, acastanhadas ou avermelhadas que se iniciam pequenas e podem se unir formando manchas maiores.

As lesões são recobertas por fina descamação que, às vezes, só é percebida quando se estica a pele. Geralmente, a Pitiríase versicolor é assintomática, mas alguns pacientes podem apresentar coceira.
Então, a Pitiríase Vesicolor é uma micose benigna e crônica;
Hipo ou hiperpigmentadas;
Descamativas ou não;
Com prurido ou não;
Bordas delimitadas;
Pitirospóricas ou em placas.
Agente etiológico: Malassezia spp. 
EspéciesM. furfur; M. globosa; M. obtusa; M. sympodialis; M. dermartis; M. slooffiae.



Malassezia spp. 
É uma levedura da microbiota normal, lipodependente e polimórfica.
Células leveduriformes, globosas ou ovais agrupadas e filamentos curtos, septados e irregulares.
Epidemiologia:
Frequente em países tropicais, de distribuição homogênea entre os dois gêneros e acomete adultos jovens.

Doenças associadas a Malassezia spp.
Dermatite Soberréica, caspa, foliculite, onincomicose e innfecção sistêmica. 

Patogenia
A Malassezia produz ácido azelaico, que tem atividade antitirosinase e interfere na melanogênese, causando hipocromia.

Fatores predisponentes: 
Pele oleosa, fatores ereditários e terapia imunossupressora.

O diagnóstico clínico:
Sinal de Besnier - É caracterizado por uma descamação furfurácea da lesão quando é raspado com a unha.
Sinal de Zileri - É um sinal clínico observado ao ser feito um leve estiramento com os dedos da região sugestiva de pitiriase, sendo observado nessa região um discreto esfacelamento da queratina.

Diagnóstico laboratorial:
Exame direto - Observação do material clínico (escama da pele) corado com KOH: Presença de leveduras em forma de cachos de uva e fragmentos de hifas.


Cultura - Isolamento do fungo: Meio Sabouraud acrescido de azeite de oliva. 



3 comentários:

  1. Não vi o tratamento para esta micose. Como pode ser feito? Sei que tratamentos para micose são longos, pois precisam ser feitos de maneira lenta. Mas não vi nenhuma explicação como é feito o tratamento desta micose. O ideal, para qualquer tipo de micose, é procurar logo um dermatologista, antes que o problema evolua e cause danos maiores ao maior órgão do corpo humano. Então, quero deixar uma dica para quem está precisando de tratamento para micoses.

    http://bit.ly/cM70Oh

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    1. Jordana, a intensão principal do blog é informar para que o paciente procure uma ajuda especializada. Mas como é uma dúvida comum, para esse tipo de micose é usado cetoconazol, itraconazol ou fluconazol como primeira escolha, enquanto para segunda escolha são o azólicos tópicos e a terbinafina tópica.

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  2. O tratamento pra micose é muito simples, mas é realmente ideal ir a um dermatologista!
    Achei interessante o fato de não abordar os medicamentos, evita a automedicação.

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